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O Priapismo é definido como uma ereção persistente e dolorosa do pênis ou do clitóris sem associação com desejo e estimulação sexual. O nome Priapismo é derivado do deus grego Priapo, que é o deus da fertilidade. O Priapismo consiste em uma emergência urológica que exige uma avaliação rápida.
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O priapismo é uma emergência geniturinária que exige uma avaliação minuciosa e sensível ao tempo.
Existem várias causas para o priapismo. Em homens portadores de Doença Falciforme, essa incidência aumenta bastante podendo acometer acima de 42% dos homens acima de 18 anos. Também pode ser causado por uso de drogas, incluindo as medicações para disfunção erétil quando utilizadas de forma recreativa por pessoas sem real indicação.
Existem 3 tipos de priapismo:
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isquêmico (veno-oclusivo ou de baixo fluxo),
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não isquêmico
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isquêmico recorrente.
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O priapismo isquêmico é responsável por 95% dos casos ocorre porque os vasos sanguíneos penianos ficam cheios de sangue, mas não há circulação. A falta de sangue novo pode necrosar os tecidos, ocasionando dor no local e, se o priapismo for prolongado, pode causar dificuldade de ereção no futuro.
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Esse tipo de priapismo está relacionado ao uso de medicamentos para estimular a ereção, sendo a causa mais comum, uso de álcool, cocaína. Algumas doenças podem ter relação com o priapismo, entre elas a anemia falciforme, leucemia, talassemia e alguns problemas neurológicos, tais como lesões na medula e até mesmo o câncer de próstata.
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O priapismo não-isquêmico ocorre devido ao alto fluxo sanguíneo no pênis, ou seja, com a entrada frequente de sangue na região. Esse tipo de priapismo não ocasiona dores como o outro tipo, não necrosa e dificilmente ocasiona disfunção erétil. Esse tipo de ereção está associado a trauma perineal ou peniano. Diferentemente da forma isquêmica, as ereções são indolores e há menos risco de sequelas.
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Episódios agudos de priapismo recorrente ou stuttering são manejados da mesma forma que o priapismo isquêmico, seguido por tratamento da doença subjacente (por exemplo, doença falciforme). Em alguns pacientes, a terapia hormonal pode trazer benefícios.
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O priapismo deve ser tratado imediatamente, quando o tempo de ereção for superior a quatro horas. Caso não seja tratado adequadamente, há o risco de impotência.
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O tratamento será indicado pelo urologista, que fará exames para identificar a melhor forma de contornar o problema, seja por meio de cirurgia, medicação oral ou injeções intracavernosas.
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Efetivamente o que deve ser feito em pacientes com crise de priapismo é a aspiração do sangue dos corpos cavernosos com jelco (cateter intravenoso) seguido ou não da lavagem com soro fisiológico. Caso não ocorra resolução da rigidez peniana faz-se necessário a injeção de drogas agonistas alfa-adrenérgicas.
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Não havendo resolução da ereção o paciente deve ser submetido ao tratamento cirúrgico, cujo objetivo é instituir uma fístula, ou seja, uma comunicação entre corpo cavernoso e esponjoso, para drenar o sangue dentro da estrutura peniana.
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Assim que os sintomas aparecerem, o paciente deve procurar o serviço de emergência para que os devidos procedimentos sejam realizados o mais rápido possível. É de suma importância que todo homem procure o médico em caso de priapismo, principalmente em virtude do risco de disfunção erétil.
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